10 de janeiro de 2011

O SUBIR DO PANO

Caiu o pano do ano que findou.
Com ele travámos lutas
Construímos sonhos
E no meio dessa labuta
É tempo de fazer balanço
Do ano que para trás ficou.

Sem saudosismo nem melancolia
Nem receio de nos olharmos de frente
Avaliemos sem fantasia
A nossa prestação no ano ausente.

Foram palmas e fracassos
Dias intensos e vazios
Rupturas e novos laços
Olhares doces, outros frios.

Foram passos, firmes e seguros
Que nos fizeram avançar
Outros em falso, dados no escuro
Pondo à prova o "saber recuar"

Fomos amados ou talvez não
Compreendidos ou nem por isso
Nem sempre nos estenderam a mão
Mas estendamos a nossa em compromisso.

Há uma nova ruga que nos atraiçoa
Mais um cabelo que embranqueceu
talvez reflexo do que nos dói e magoa
e que o coração ainda não esqueceu...

Em tudo isto o que prevalece
É o que mora dentro de nós.
Matéria-prima com que se tece
nova peça numa nova voz.

Com alegria renovada
Abracemos o novo ano
Estamos no palco da vida
Subamos de novo o pano.


Ousei fazer e postar estes versinhos para desejar a toda a Família Venturinha um Ano Novo cheio de alegria e garra para o enfrentar.
Um beijinho especial para a minha Sobrinha Ana Lúcia e um abraço amigo ao Sr. Luís Venturinha.
Sejam felizes!

Dulce Gomes