Caros Venturinhas
Este mês, dentro do nosso círculo familiar mais conhecido, houve três acontecimentos que nos marcaram.
No dia 11-02-2011, nasceu em Sines mais uma querida e amorosa Venturinha de nome Carolina Freire Pereira. Ficámos felizes com a notícia, aproveitando para desejar à Carolina e babados papás, as maiores felicidades.
Como defensores do nome Venturinha, embora respeitando com toda a consideração e estima a decisão dos intervenientes nestas e noutras atitudes que os membros da família tomem, paralelamente à nossa alegria sincera pelo nascimento de mais um membro da família, não podemos evitar alguma tristeza por não vermos a continuação do nome dos Venturinhas na Carolina.
Desgosto à parte, o que interessa é que sejam todos felizes, pois o sangue dos Venturinhas continua a circular nas veias dos seus descendentes.
As outras duas noticias, infelizmente são tristes, pois faleceram duas Venturinhas quase no mesmo dia, foram elas, Etelvina Pereira, no dia 17 de Fevereiro e Antónia Maria, mais conhecida por "Ti Caniça", no dia 18 de Fevereiro.
Aos seus familiares mais próximos enviamos os nossos mais sentidos pêsames.
Depois de actualizadas as notícias da família, vamos agora contar-vos uma curiosidade descoberta no site da Junta de Freguesia de Alverca do Ribatejo:
A Lenda do Venturinha do Poço
A história ao que parece é verídica, documentada. Foi passada ao papel pelo coronel irlandês Maxwell, que servia no exército anglo-português que combatia os franceses do marechal Massena. Em resumo: Na manhã de 10 de Outubro de 1810, o coronel com alguns companheiros, cavalgavam por um caminho que ia da Calhandriz para Alverca, quando ouviu ao longe, o choro de criança. Parecendo-lhe que o choro convulsivo vinha de uma capela, a pouca distância, entrou, procurou e nada encontrou. Mas não desistiu. Seguindo os gritos, chegou a um poço, debruçou-se na borda e viu a cerca de 4 metros de profundidade um bebé. O poço estava seco e com a ajuda dos companheiros de armas, conseguiu retirar dele a criancinha. Era um rapagão, nu, com o corpinho todo sujo de lodo e cheio de escoriações. Deduziu que alguém o havia atirado para ali para o matar pela fome. Um bebé não galgaria sozinho o muro do poço e maldisse a mãe desnaturada que quisera por tal meio desfazer-se do filho. Fez constar do "achado" e esperou semanas por alguém que reclamasse o bebé. Perdidas as esperanças de aparecerem os pais, a criança, viva e esperta, foi crismada pelos soldados do regimento de "0 Venturinha do Poço". 0 major do regimento, também irlandês, ofereceu-se para pai adoptivo da criança. Terminada a campanha, o coronel partiu e deixou o Venturinha aos cuidados do major. Este, no Natal, enviou o miúdo para sua casa, na Irlanda, onde foi criado e educado como se de filho legítimo se tratasse. E, como nas histórias de encantar, o Venturinha viveu feliz, cresceu forte em aptidões e bondade e dedicou sempre o maior amor e respeito pelos seus pais adoptivos.
Como podem constatar, o nome Venturinha até aparece em lendas...